terça-feira, 7 de junho de 2016

Alentejo Prometido – Henrique Raposo



À semelhança de milhares de pessoas, Henrique Raposo é filho de alentejanos que migraram para Lisboa na década de 60 do século passado. À minha semelhança, Henrique Raposo cresceu em Lisboa considerando o Alentejo como o seu berço, o local onde poderia chamar de “casa”, esperançado que um dia poderia voltar a habitar o local que os seus antepassados abandonaram em busca de uma vida melhor e, conforme acontece inúmeras vezes, comigo inclusive, Henrique Raposo quando começou a conhecer o Alentejo sentiu uma enorme decepção.


No entanto e ao contrário de Henrique Raposo, eu fui mais longe, eu não me limitei a escrever um road movie sobre o Alentejo. Simplesmente eu vim para cá viver com a ilusão que cá a minha vida poderia melhorar. Debalde pensamento esse, aqui só encontrei decepção, não apenas com a região que muitos pintam de bela mas e sobretudo com as pessoas.


Este pequeno livro, chamemos-lhe então Road Movie, nasce da pretensão do autor, jornalista, em conhecer e descrever o Alentejo. É um pequeno livro (pouco mais de 100 páginas), onde o autor vai traçando um contexto socio económico e histórico de toda a região, analisando igualmente o comportamento das suas gentes. 


Para quem não conhece o Alentejo, poderá julgar que o autor exagera ou tem a intenção de “dizer mal”, mas nada disso, o autor simplesmente fala a PURA VERDADE, nua e crua, verdade essa que muitos iluminados e puristas não gostam de ouvir.


E o autor como não mora aqui, desconhece outros pormenores: Na sua generalidade, os alentejanos, são invejosos, maldosos, maldizentes, falsos e desconhecem o que é "ter palavra". Ou seja, jamais dizem olhos nos olhos o que pensam, preferindo antes dizer mal assim que a pessoa vira costas. Para além disso, a mentira é algo que estão tão enraizada, que mentir é como uma segunda pele:  “estava a mangar”. Palavra dada é algo que não é tida como sagrada. Aqui combinar algo não é visto como tido e garantido. Marca-se uma hora e nem sequer aparecem nem se dignam a avisar. É normal! E a violência familiar toma proporções como eu nunca vi e senti em Lisboa. Aqui é normalíssimo a mulher “apanhar” do marido e as pessoas vêm isso como normal e nem se metem.


O autor escreve: “um olhar desconfiado, austero e antigo…”; “… nunca nos sentimos bem acolhidos. Pedimos, comemos, pagámos, sorrimos e dissemos adeus, mas a rapariga do café nunca abriu o sorriso. De onde virá essa antipatia sulista partilhada por alentejanos e algarvios?”. NA MUCHE! Nós aqui só nos sentimos algo bem acolhidos quando as pessoas nos começam a considerar habitantes de cá, de resto não passamos de turistas lisboetas.


O autor fala assim que o alentejano é desconfiado, que desconfia de tudo e todos? É a pura verdade!


Fala da normalização do abuso sexual, consubstanciado em expressões típicas que é comum ouvirmos em qualquer local? É verdade!


Eu acho engraçado muitos defenderem o Alentejo com unhas e dentes, criando grupos nas redes sociais como “Meu querido Alentejo”, “Alentejo da Minha Alma”, etc. Oh amor tão lindo, mas o curioso é que são pessoas que não vivem no Alentejo, vivem bem longe. Costumo dizer: “se é tão bom porque não vivem aqui?”. Querias!


Em todo o caso o autor passa um pano por cima de todas essas “acusações” ao referir razões históricas que explica a posse desconfiada e a antipatia deste povo, assim como encontra razões históricas para explicar a enormíssima taxa de suicídio e a forma como esse fenómeno é visto na região, como algo normal.


Não gostam os mais puritanos que se entretêm com cantorias pacóvias (parece um concerto de zombies) demonstrando a sua maldade congénita. Temos pena, mas este livro fala apenas a verdade e o autor até diz pouco daquilo que eu pessoalmente conheço e já senti na pele.

E agora podem-me excomungar! Falsos!

 

sábado, 11 de julho de 2015

Uma mera opinião de alguém

que os próprios britânicos não levam a sério, está a levantar uma onda de indignação de mui dos nossos ilustres chefs, alguns deles com não-sei-quantas estrelas Michellin.

Estou-me a referir à opinião do crítico de restaurantes Giles Coren (eu que adoro cozinha nunca tinha ouvido falar de tal criatura, mas, adiante) que visitou a Taberna do Mercado em Londres e posteriormente escreveu uma review onde bate forte e feio.

O grande problema é que cada vez mais as pessoas têm imensa dificuldade para lidar com criticas que não sejam aquelas que elas querem que seja.

Eu questiono: que mal tem o homem não tem gostado da comida e achar que a cozinha portuguesa é a pior do mundo?

Por acaso eu acho que a cozinha portuguesa é boa mas está longe de ser a melhor do mundo. De facto temos um peixe e um marisco excepcional, mas de resto, há melhor, muito melhor e com mais criatividade em vários pontos do planeta.

Eu sou daqueles que convivem bem com criticas negativas. Não gosta, não come. Paciência!

Por exemplo, um dia em Évora fui almoçar a um restaurante e pedi o bem tradicional arroz de pato. Aquilo estava um nojo. Devolvi o prato e não aceitei novo e disse alto e bom som: “se um turista aqui vem e pede isto vai pensar que “bela porcaria é arroz de pato”. É um exemplo. Eu também não sou apreciador da comida alentejana e acho que em Évora se come mal em todos os restaurantes. É uma opinião.

Não gosto de franchesinhas. Acho aquilo desanxabido e nada de especial, apenas uma tosta gratinada com alguns ingredientes e um molho a saber a cerveja. Mas adoro tripas à moda do Porto. Adoro sardinhas grelhadas e não aprecio salmão. Mas respeito que tenha gostos em contrário.

O que o Coren disse vale o que vale. Para mim não vale rigorosamente nada e só tem importância quando lha dão. 

Meus caros chefs portugueses e demais apreciadores da cozinha portuguesa. Borrifem-se nesse gajo e deixem-no a ladrar sozinho. Se calhar o homem é daqueles que adora empadas com couve cozida, ou o feijão com ovos estrelados e salsichas ou então as panquecas de batata com salsichas de porco. Eu por acaso nem aprecio, para além do gosto pouco refinado, dá-me propensão a gases.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Seres Mágicos em Portugal - Vanessa Fidalgo

Dona Adelina conta-nos a história do lobisomem que na freguesia da Bemposta corria ruas pela noite fora estragando o pão que cozia de madrugada nos fornos e assustando os mais novos e indefesos. Na ilha do Pico, Açores, o dia 2 de fevereiro de cada ano era dia para ficar em casa. Homens, mulheres e crianças trancavam-se a sete chaves e protegiam-se comendo alhos. Lá fora os labregos, uma espécie de duendes, saíam das águas salgadas do mar para nos próximos meses viverem escondidos nos matos verdejantes da ilha. Nas serras de Arruda dos Vinhos é bem conhecida a história de um gigante terrível, que, de tão grande e violento, aterrorizava as povoações da região. Em Santa Maria, nos Açores, o povo garante que as jovens de cabelo vermelho que ainda hoje por lá moram são descendentes de uma jovem e bela sereia que caiu de amores nos braços do filho de um pescador. Fadas, duendes, gigantes, olharapos, lobisomens, trasgos, sereias entre outras, são algumas das criaturas
mágicas que habitam o nosso país, o nosso imaginário e que vai conhecer ao longo das páginas deste livro.  Depois dos seus anteriores livros Histórias de um Portugal Assombrado e 101 Lugares para Ter Medo em Portugal, a jornalista Vanessa Fidalgo percorreu o país, de lés-a-lés, visitou bibliotecas locais à descoberta de histórias, ouviu relatos e entrevistou dezenas de pessoas para resgatar a nossa rica tradição oral. O resultado é este original livro onde a imaginação e o fantástico ganham protagonismo, numa história que não consta nos manuais escolares, mas que faz parte do nosso país e das nossas tradições.

BIOGRAFIA

Vanessa Fidalgo nasceu em São Domingos de Benfica, a 15 de maio de 1978. Licenciou-se em Comunicação Social, na variante de Publicidade e Marketing, pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), da Universidade Técnica de Lisboa (UTL). Como colaboradora, assinou artigos para as revistas Sábado, Loud Magazine, jornal Inside e também para o portal Disco Digital. Desde 1997 é jornalista no diário Correio da Manhã. Foi aqui que publicou a reportagem «Ainda há histórias de casa assombradas», uma viagem pelo país real e pela internet sobre os mitos de fantasmas que de norte a sul do país continuam a alimentar a imaginação popular, e que viria a dar origem a viria a dar origem ao seu primeiro livro, Histórias de um Portugal Assombrado. Apaixonou-se então pela riqueza do património oral português e, por isso, voltou a mergulhar nele para descobrir 101 Lugares para Ter Medo em Portugal, o seu segundo livro. Vive nos arredores de Lisboa, é casada e mãe de uma menina.
 

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Novidades "Saida de Emergência"



O Falsificador de DaVinci – Thomas Swan

Há décadas que um rumor faz estremecer o mundo das grandes colecções de arte: Leonardo Da Vinci terá deixado um conjunto de manuscritos com os seus mais importantes desenhos, incluindo os esboços iniciais de Mona Lisa.
Chamam-lhes...Os Manuscritos Perdidos de Da Vinci, e o valor de tal obra é simplesmente incalculável.

Jonas Kalem, um misterioso comerciante de arte, prepara o golpe do século: forjar Os Manuscritos Perdidos de Da Vinci e tornar-se num dos homens mais ricos e prestigiados do seu tempo. Para isso precisa dos melhores profissionais: Curtis Stiehl, o único falsificador capaz de reproduzir a alma de um Da Vinci, mas que para isso terá de ser chantageado; Eleonor Shepard, uma física inteligente e sexy que erradamente pensa ter sido contratada para pesquisar arte em Florença; Giorgio Burri, um professor de Estudos Renascentistas que acaba de sobrestimar a própria inteligência; e Anthony Waters, um criminoso tão violento quanto atraente, cujas fúrias impulsivas podem transformar um esquema brilhante num campo de batalha. Mais do que explorar o crime no mundo da arte, Thomas Swan explora a arte do crime. De Londres e Nova Iorque a Itália, este é um thriller soberbo que amontoa identidades falsas, traições, assassinatos, chantagens e um clímax de cortar a respiração.


Ponte de Sonhos – Anne Bishop

REGRESSE A EFÉMERA, DA AUTORA BESTSELLER DO NEW YORK TIMES, ANNE BISHOP. É UM MUNDO DE PAISAGENS ESTRANHAS E MÁGICAS, LIGADAS APENAS POR PONTES — PONTES QUE PODERÃO LEVÁ-LO PARA ONDE REALMENTE PERTENCE, E NÃO PARA ONDE DESEJA IR.

Quando os magos ameaçam Belladonna e o seu trabalho para manter Efémera em equilíbrio, o seu irmão Lee sacrifica-se para a salvar — e acaba por ser internado num Asilo na cidade de Visão, longe de tudo o que conhece.
Ao mesmo tempo, umas estranhas trevas parecem estar a espalhar-se — uma escuridão que esconde a natureza dos Xamãs que cuidam da cidade e da sua população. Danyal, um dos Xamãs, é o responsável pelo Asilo. Mas talvez por estar a tentar descobrir os seus próprios sonhos, Danyal sente-se intrigado pelos aparentes delírios de Lee.
Com a ajuda de Zhahar, uma mulher com os seus próprios segredos tenebrosos, a mente e o corpo de Lee melhoram, e as suas palavras começam a fazer sentido. Em breve, Danyal e Zhahar começam a vislumbrar o mundo como nunca haviam imaginado.
Quando Danyal, Lee e Zhahar se unem para descobrir o que ameaça a cidade, serão obrigados a olhar para além de si mesmos — e para dentro de si mesmos — para descobrir quem são… e até que ponto podem ser demasiado perigosos.




Depois da Terra – Will Smith

Aventure-se no universo de Depois da Terra através de uma adaptação literária nunca antes vista: uma saga de mil anos com conteúdos originais de Peter David, um veterano escritor de ficção científica que ajudou a desenvolver este universo criado com imensa imaginação. É a história completa e inédita da extraordinária família que cruzou a galáxia e regressou – desde os últimos dias da humanidade na Terra até aos acontecimentos retratados no filme épico!

RAIGE FAZ JUS À TRADIÇÃO FAMILIAR

O general Cypher Raige, do Corpo Unificado de Patrulheiros, é apenas o último de uma longa linhagem de heróis. Durante mil anos, desde que o apocalipse ambiental dominou a Terra, os Raige foram um instrumento fundamental para a sobrevivência da humanidade. Lideraram o caminho quando os sobreviventes foram forçados a abandonar a Terra, instalaram-se num planeta inóspito ao qual chamaram Nova Prime, enfrentaram a chacina por parte de uma misteriosa força alienígena e estabeleceram um novo lar na ponta mais longínqua da galáxia. Cypher acabou de regressar para junto da família após uma prolongada missão no exterior. Para o seu filho de treze anos, Kitai, acompanhar o lendário pai é a aventura de uma vida – e uma oportunidade para salvar a relação deles. Mas, quando um asteroide colide com a nave deles, despenham-se e Cypher fica seriamente ferido, correndo risco de vida. Kitai Raige sempre quis provar que estava à altura de conviver com um apelido tão ilustre. E agora, talvez cedo de mais, terá a sua oportunidade. Com a vida do pai em risco, Kitai tem de se aventurar em terreno desconhecido e hostil num novo mundo que parece estranhamente familiar: a Terra.




O Navio do Destino – Rosine de Dijn

Em 1942, as tragédias da Segunda Guerra Mundial encontraram eco nas viagens do navio Serpa Pinto. Ao longo da rota Rio de Janeiro – Lisboa, os passageiros eram na sua maioria alemães que tinham emigrado para o Brasil e que desejavam regressar à Alemanha para lutar por Hitler. Mas quando o navio atravessava o Oceano Atlântico na direção oposta, Serpa Pinto representava a última esperança para centenas de refugiados que temiam pelas vidas e abandonavam a Europa através de Lisboa. Se por um lado, o navio era testemunha do fanatismo do Nacional-socialismo que abalou o continente europeu e inspirou centenas de alemães a abandonarem a segurança das suas casas no Brasil para partirem para a guerra, por outro lado, tornou-se o refúgio de pessoas que tinham perdido irremediavelmente os seus lares, arrancadas de forma violenta das raízes, para se tornarem refugiados. Venha conhecer a história do navio que se tornou o microcosmos dos dramas da guerra e mudou os destinos dos seus passageiros para sempre.






Deuses e Legiões – Michael Curtis Ford

ELE LUTOU PARA SER UM GUERREIRO.
ELE ARRISCOU TUDO PARA SE TORNAR IMPERADOR.
ELE VIVEU PARA SER O HOMEM MAIS PODEROSO DO MUNDO ANTIGO.

No ano de 354 d.C., Julião, um jovem estudante em Atenas, é o último sobrevivente de uma sangrenta purga política que mata toda a sua família. Convocado inesperadamente à corte do imperador Constantino, o jovem teme o pior... mas acaba por ser nomeado general e enviado para a Gália, num esforço para recuperar terras ocupadas por bárbaros germânicos.
Depois de vencer sangrentas batalhas e a desconfiança das legiões romanas, Julião demonstra ser um génio militar e esmaga as tribos que ameaçavam Roma há várias gerações. Confiante, vai mais longe e consegue o que ninguém julgava possível: desafiar o próprio imperador e apoderar-se do Império. Com apenas 30 anos, Julião torna-se no homem mais poderoso do mundo.
Agora, o lado negro da sua ambição vem ao de cima. Renegando o Cristianismo da juventude, concentra a sua atenção na maior conquista de todas: a do império Persa. No entanto, quando os seus novos deuses e a sua sanidade o abandonam... o curso da História poderá ser alterado para sempre.




A Chá das Cinco



Jogos Perversos – Shayla Black

Ela não sabia o que queria até ao momento em que ele a fez implorar...

Morgan O’Malley já assistiu a muitas coisas perversas como apresentadora de um talk-show sobre sexo. Mas nunca tinha conhecido um homem como Jack Cole, um alfa dominante impossível de resistir, e alguém que Morgan quer ter ao seu lado quando um sociopata começa a persegui-la.
Embora Jack seja um guarda-costas, Morgan está longe de se sentir segura na sua presença. De modo lento e sedutor, ele começa a revelar as suas fantasias mais íntimas. E quando finalmente quebra a vontade de Morgan, ela fica chocada por descobrir o quanto está a apreciar o seu toque de mestre. Rapidamente se torna uma presa nos jogos perversos de Jack, mas mesmo sabendo que os seus motivos não são inocentes, nem ela faz ideia do que a espera…